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Quais as principais diferenças técnicas entre o Futsal e Futebol?

O Futsal assim como o Futebol são esportes coletivos de invasão com características de cooperação-oposição. Logo, companheiros da mesma equipe cooperam entre si frente à oposição gerada pelos jogadores adversários. Ambos jogam em um espaço delimitado, e com o mesmo objetivo principal do confronto que é o sucesso na marcação do “gol”. Porém, de antemão, há de ressaltar que todas as ações motoras dos jogadores, numa disputa, ocorrem por intermédio da bola, respeitando as regras do esporte em questão. Mas será se há diferenças entre futsal e futebol?

Resumidamente, o jogo de Futebol e Futsal apresentam, sob a ótica estrutural, os mesmos seis elementos:

  • Bola;
  • Terreno de jogo;
  • As metas;
  • Companheiros;
  • Adversários;
  • Regras específicas.

Vejamos que a partir da análise estrutural das duas modalidades, nota-se uma semelhança entre Futsal e Futebol. Em síntese, as interpretações acerca dos conceitos inerentes a ambos esportes, se fragmentam em quatro dimensões: física, psicológica, tática e técnica.

Dessa maneira, essas comparações, muitas vezes são prejudiciais para o desenvolvimento de jogadores que praticam uma ou as duas modalidades. E pode causar dificuldades para treinadores quem não compreenda as diferenças entre esses dois esportes. Uma vez que o Futsal é muito utilizado durante o processo de formação de jovens jogadores nas categorias de base de clubes e escolas de Futebol. Por isso, por envolver praticantes que fazem em certo momento a transição de uma modalidade para outra, e fugindo da perspectiva de análise fragmentada, vamos entender as características técnicas do Futsal e as principais semelhanças e diferenças com o Futebol.

Diferenças entre o Futsal e Futebol

Não vamos nos aprofundar nas diferenças de regras, sistemas-táticos e nem às diferenças na demanda física, já que são evidentes, e mereceria um texto específico para cada um desses temas.  Mas é interessante destacar que tanto no Futebol quanto no Futsal, o jogo é organizado num conjunto próprio de movimentos técnicos. Assim, através da relação dos segmentos corporais inferiores com a bola, o indivíduo expressa ideias, sentimentos e, de maneira geral a essência da sua forma de jogar e atuar. Nesta relação com a bola há a maior semelhança entre esses dois esportes.

Por outro lado, a quantidade das ações realizadas durante o jogo, revela uma grande diferença de um esporte para o outro. Por exemplo, no Futebol, utiliza-se o cabeceio com maior frequência em passes ou finalizações aéreas. Já no Futsal, o gesto também se faz presente, mas com menor periodicidade, dado que a bola permanece mais tempo em contato com o solo. Outro exemplo são lançamentos e cruzamentos, que são passes de longa distância muito executados no Futebol. Enquanto que no Futsal, domínios com a sola do pé e as “pisadas” não mais evidenciadas.

Portanto, tanto o jogo de Futsal quanto de Futebol ocorrem num contexto de elevada aleatoriedade, imprevisibilidade e variabilidade. Porém, devido ao menor espaço de jogo e à velocidade de execução, alguns fatores permitem certa peculiaridade ao futsal. Como exemplo, o tempo de ação/reação, por parte dos atletas, frente às resoluções das problemáticas que se apresentam na disputa, e a agilidade em tomada de decisões motoras.

Por que usar o Futsal na iniciação

Em síntese, o Futsal apresenta essas principais particularidades:

  • Características multifuncionais dos atletas, devido a obrigação de atacar e defender com o mesmo grau de exigência;
  • Os jogadores participam da partida durante períodos/ciclos, saindo e retornando diversas vezes, o que eleva a dinâmica e a intensidade do jogo;
  • A superação numérica mediante desenvolvimento da partida, com a utilização do Goleiro Linha;
  • E o papel determinante das Transições Defesa/Ataque ou Ataque/Defesa, o que exige inteligência e leitura antecipada das ações e dos movimentos realizados.

Portanto, para quem busca trabalhar com o Futsal, é necessário ter conhecimento dos conteúdos técnicos específicos da modalidade e as principais diferenças com o Futebol. Principalmente para profissionais que iniciam o trabalho com jogadores da base ou iniciação, e que pretendem utilizar o Futsal como um recurso importante na formação de base.

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O que é tática no futebol?

A análise tática no futebol vem sendo cada vez mais importante para os times e jogadores. Mas, para fazermos uma análise de qualidade, precisamos entender o jogo e os momentos nele presente. Logo, quanto mais conhecermos de futebol, melhor será nossa análise.

O que é tática no Futebol?

Vamos começar entendendo o que é essa palavra tão ouvida nos dias de hoje. Tática não é só a forma como o time se dispõem em campo, mas também a maneira que ele ataca e defende, tanto de maneira coletiva, grupal ou individual. Ou seja, se o time avança através do jogo apoiado ou ataque rápido. Se ele defende com duas linhas de 4 ou no 1-4-2-3-1. Se a marcação é individual, por zona ou mista, entre outras tantas formas de atacar e defender. Tudo isso é tática.

Estratégia x tática

Muitos confundem tática e estratégia, porém são coisas diferentes. A primeira está voltada ao todo, como vimos antes, já a estratégia são aspectos menores e usados em partidas específicas.

A estratégia é a maneira como o time irá maximizar seus pontos fortes e diminuir os fracos, além de conter os pontos fortes e explorar os pontos fracos do adversário. Dessa forma, a estratégia é montada com base na tática e visando questões importantes do adversário.

No entanto, vamos imaginar que o time A tem como ponto fraco o lado direito de defesa. Já seu próximo adversário possui o lado esquerdo muito forte no momento ofensivo, com jogadores rápidos e de bom drible. Visto isso, o treinador do time A terá que montar uma estratégia para jogo, visando bloquear o lado forte do adversário.

Quando falamos em tática devemos imaginar algo maior que somente o próximo jogo. Ou seja, ela estará presente em todas as partidas, será o modelo de jogo padrão da equipe nos momentos de atacar e defender.

Momentos e fases do jogo

Eu falei nos parágrafos acima sobre momentos e fases do jogo. Mas, o que são eles? Então, antes de explicar quais os momentos e fases presentes em campo, vamos defini-los.

Momentos: são períodos curtos de tempo, instantes. Eles ocorrerão entre as fases do jogo. Aqui se enquadram as transições ofensivas e defensivas.

Fase: são períodos de tempo mais duradouros que os momentos. Aqui entrará as organizações ofensivas e defensivas.

No futebol temos 5 momentos e fases: Organização ofensiva, transição ofensiva, organização defensiva, transição defensiva e bolas paradas. Vamos explicar cada uma delas.

Organização ofensiva

É a fase em que a equipe tem a posse da bola e irá atacar de forma organizada, ou seja, os jogadores ocupam sua posição/função no campo e buscam maneiras de chegar ao gol adversário.

Transição ofensiva

Momento da partida no qual a equipe recupera a posse da bola e busca atacar de forma muito rápida, procurando os espaços deixados pelo adversário. A partir do ponto que a equipe roubou a bola e iniciou o ataque, passará de transição para organização ofensiva, mesmo que essa não esteja devidamente “organizada”. Ou seja, a transição será somente um instante que precede a fase ofensiva.

Organização defensiva

Assim sendo, a organização defensiva se refere à fase em que o time está postado na defesa, visando roubar a bola e dificultar as ações ofensivas do adversário.

No exemplo abaixo vemos a equipe amarela se defendendo no 1 4-4-2 em linha. As formas de organização defensiva são diversas e ilimitadas. Cada equipe se ajusta conforme a tática planejada pelo treinador

tática no futebol
Fonte: criadopelo autor em www.tactical-board.com

Aqui usamos o exemplo da equipe defendendo em bloco baixo. Porém a organização defensiva pode ocorrer em qualquer faixa do campo, como em uma pressão na saída de bola, por exemplo, visto que a sua referência é a estruturação da equipe e não o local do campo em que está acontecendo.

Transição defensiva

Como vocês já devem ter percebido, esse momento se refere ao instante logo após perder a bola. Ou seja, assim que o adversário recupera a bola, você transita para a defesa, visando não permitir que o adversário chegue ao seu gol. 

Bolas paradas

Nestas situações entram todas as bolas paradas do jogo (escanteios, faltas, pênaltis e laterais), tanto ofensivas como defensivas. Visto que cada vez mais a bola parada é um meio de vencer partidas, a análise tática se preocupa muito em verificar padrões de movimentações dos adversários e estilos de cobranças, com objetivo de estar preparado para futuras jogadas. Assim como criar jogadas para sua equipe, afim de marcar gols.            

O mais interessante nos momentos do jogo é que eles acontecem muitas e muitas vezes na partida e em todos os locais do campo. Dessa forma a análise fica complexa, pois cada um desses momentos englobará diferentes atletas e quantidade de jogadores. Podemos então, através dessa visão, verificar a complexidade do jogo e dos momentos que ele nos proporciona.

Júlio Garganta disse que: “Durante uma partida surgem inúmeras situações cuja frequência, ordem cronológica e complexidade não podem ser previstas, exigindo uma elevada capacidade de adaptação e de resposta imediata por parte dos jogadores e das equipes a partir das noções de oposição presentes em cada fase de jogo.”

Criação de um modelo de jogo

Agora vocês já sabem o que é tática, estratégia e os momentos do jogo. Então irei citar um aspecto muito importante na criação do modelo de jogo. Os JOGADORES.

Todo jogador possui características próprias e diferentes dos demais. Ou seja, não podemos querer que atletas diferentes exerçam exatamente a mesma função, afinal, eles não são iguais. Portanto é de suma importância saber a “matéria prima” que se tem nas mãos.

Você não usa limões para fazer suco de uva, correto? Então analise o elenco que está a sua disposição, com objetivo de conhecer melhor cada atleta e colocá-lo em posições que renda mais, maximizando seus pontos positivos e minimizando os pontos fracos.

Instagram do autor:  @Christopher_Suhre

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As funções de um treinador de futebol

Ensina? Treina? Orienta? Motiva? Afinal, o que faz um treinador de futebol? Antes de responder essa pergunta, deixe-me contar uma breve história.

Quando eu comecei a frequentar as escolinhas e os clubes de futebol, de forma pura e ingênua eu refletia: “por que o treinador age diferente com os grandes? Desde então, observei cada comportamento dos professores que tive, e percebi que eles se adequam nos mais variados contextos em que se inserem. Ou seja, há um motivo quando os atletas chamam o técnico de futebol de treinador, professor, “paizão”, entre outras denominações.

Dito isso, ao longo desse texto você saberá os inúmeros papéis que um treinador de futebol pode exercer.

Os papeis do treinador de futebol em equipes infantis

Nas equipes infantis, a organização dos treinos é baseada em conteúdos pedagógicos para a formação das crianças. Nesse contexto, o treinador de futebol é responsável pelo ensinamento dos fundamentos mais básicos do esporte, como condução, domínio, passe, finalização, etc. Além disso, criar um ambiente lúdico é fundamental para o aprendizado, visto que são nestes momentos que o sentimento de liberdade se manifesta. Logo, é na ludicidade que o indivíduo experiencia uma derrota, trabalha em equipe e respeita os adversários. Porém, não podemos confundir liberdade com anarquia.

Para propor os exercícios, é recomendável ter um significado, já que os educadores comprovam, que aprendemos melhor aquilo que nos faz sentido. Portanto, é tarefa do treinador de futebol estimular a reflexão dos jovens em determinados cenários, sendo assim, um professor.

Nesse sentido, você que atua como treinador de futebol, também age como educador?

As responsabilidades do treinador de futebol em equipes juniores

É nesse período que os jovens começam a amadurecer os aspectos dentro das quatro linhas: físico, psicológico, tático e técnico. Diante disso, são capazes de receber sobrecargas maiores e mais específicas para o seu rendimento em campo. Portanto, com o intuito de uma gestão eficaz, o treinador de futebol necessita apresentar o seu papel de líder democrático. Isto é, ter autoridade e não ser autoritário. Há uma diferença, pois o treinador com autoridade, constrói um espaço de ensino-aprendizagem. Já o treinador autoritário, promove um ambiente mecanizado e deseja vencer a qualquer custo.

Assessorado por uma comissão técnica, os treinadores de futebol elaboram o seu plano de trabalho para indicar metas a curto, médio e longo prazo. Assim, inserem mais complexidade no aspecto técnico/tático durante os treinamentos. Isso significa, o aprimoramento do movimento com a perfeita distribuição e gestão dos jogadores nos espaços do campo. Entretanto, com as dificuldades financeiras de muitas instituições, existe a escassez de profissionais na comissão técnica. Para isso, cabe ao treinador de futebol trabalhar os elementos físicos e psicológicos da equipe também, mesmo sem formação adequada para estas atividades.

As tarefas do treinador de futebol em equipes profissionais

Em categorias profissionais, as responsabilidades não param por aí, visto que a equipe técnica já é vista com maior frequência. Dessa maneira, o treinador de futebol planeja reuniões com a comissão técnica, de modo a facilitar o alcance dos objetivos propostos.

Nesse contexto, é necessário propor um modelo de jogo, para permitir que a equipe encontre uma sintonia nos diferentes momentos do jogo.

Para mais, com o auxílio de um analista de desempenho, o treinador de futebol compreende os pontos fortes e fracos do seu próprio plantel e do adversário. Ao passo que, a função de escalar os jogadores ideais e mediar as substituições é responsabilidade do técnico de futebol. Contudo, nem sempre as soluções serão advindas deste profissional, pois Phil Jackson, conhecido por ser o ex-treinador mais vencedor da NBA, afirma que alguns jogadores conhecem o problema melhor do que a comissão técnica. Porque estão no meio dos acontecimentos e podem sentir intuitivamente as forças e as fraquezas dos adversários.

Em conclusão, é notório que é extremamente difícil ser um treinador de futebol, perante o qual é considerado uma carreira injusta por haver uma cultura “resultadista” de curto prazo. Mas vale ressaltar que para ser um bom técnico, não basta ter informação, é necessário ter também sabedoria, enxergar os detalhes. Afinal, com diz o craque Tostão: “a sabedoria não está nos livros, mas sem eles, não há sabedoria”.

Fontes e Referências

A Organização do Trabalho de Treinadores de Treinadores de Futebol: Estratégias de Ação e Produtividade de Equipes Profissionais

Aprendizagem Significativa: modalidades de aprendizagem e o papel do professor

Boniteza de um sonho: Ensinar e aprender com sentido

Cestas Sagradas

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Treinador de futebol, quem vê além do resultado é rei

Você pede frequentemente a demissão do treinador de futebol, pois ele não traz resultados para o seu time?

Atualmente, o Brasil é um dos países com maior número de substituições de treinadores no mundo. No ano passado, 2019, só na Série A do Campeonato Brasileiro, foram 22 técnicos demitidos. Lembrando que, disputaram apenas 20 clubes na competição.

Nesse contexto, torna-se evidente que países como o Brasil, apresentam uma cultura futebolística superficial. Dado que, os treinadores que ganham são bons, e os que perdem não servem. Portanto, ocupar esse cargo com a pressão da diretoria e dos torcedores não é uma tarefa fácil.

De antemão, deixe-me pormenorizar mais sobre essa área.

De modo a operacionalizar os treinamentos e gerir pessoas, o treinador de futebol precisa de inúmeros elementos que sejam promissores. Saber liderar e controlar suas emoções, dispondo de uma eficiente relação intrapessoal (reflexões de si) e interpessoal (comunicação). Além de apresentar conteúdos e planejamentos para um bom trabalho em equipe, ao passo que a comissão técnica é interdisciplinar.

Além disso, durante o treinamento, o espírito competitivo do coletivo tem que estar presente. Se durante o treino há ausência de intensidade, no jogo será o mesmo. Logo, é dever do treinador estimular a equipe para conquistar o que foi planejado utilizando o modelo de jogo proposto. Este último engloba os princípios de jogo, os atletas disponíveis, a ideia do treinador e a filosofia do clube.

Dessa maneira, o modelo de jogo varia de acordo com cada contexto. Isto é, no futebol não há ideias certas ou erradas para alcançar o sucesso. Afinal, há diversos estilos que podem ser adotados, portanto, é válido discutir propostas sobre o que se acredita ser mais viável naquele cenário.

Demissões do treinador de futebol

É através desse entendimento que é aconselhável refletir antes de pedir a mudança dos treinadores. Pense comigo, um novo técnico foi contratado recentemente para o seu time do coração. No entanto, após a segunda derrota consecutiva, você insiste na demissão dele. Porém, ele teve tempo o suficiente para expor as suas ideias? Quem será o escolhido para novo cargo? Esse é o único problema do seu time?

Chris Anderson e David Sally (2013), nos contam através de estudos no livro Os Números do Jogo, que demissões não melhoram o desempenho do clube. Ele simplesmente regressa a média dos números analisados. Isto significa que, alterar os técnicos, às vezes, não é o melhor caminho para se obter um melhor resultado.

O futebol também é educação

Apesar disso, a vitória ou a derrota não são tudo. Cabe também ao treinador de futebol formar indivíduos, pois antes do atleta, há uma pessoa. Por isso, o papel de professor/educador é necessário desde a iniciação no esporte. Na verdade, mais importante do que os resultados, é a alegria dos atletas se divertindo enquanto praticam tal esporte.

O professor João Batista Freire, argumenta no livro Pedagogia do Futebol, ser fundamental apresentar competência pedagógica nas escolas de futebol. Desse modo, o autor estabelece quatro princípios: “ensinar futebol a todos; ensinar o futebol bem a todos; ensinar mais que futebol a todos; e também ensinar a gostar de esporte.” Em outras palavras, o campo não é apenas um local para se chutar bolas. Mas também um local de ensino-aprendizagem, visto que não há espaço para procedimentos impositivos, e sim para trocas de sabedorias.

Em conclusão, percebe-se que, a ocupação de treinador dispõe de variadas tarefas e depende de diversos fatores para alcançar o que foi proposto. Dado que, essas dificuldades levam TEMPO para se tornarem hábitos e colocá-los em prática. Johan Cruyff, um ex-jogador/treinador que revolucionou o futebol, portanto, nos traz que “O futebol é muito simples, mas jogar um futebol simples é a parte mais difícil do jogo”.

Instagram do autor: g_tadashi

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